Alterações à linha do Norte da CP no Concelho de Vila Franca de Xira | Contributos

É inegável a necessidade de se proceder ao aumento das vias na zona entre Alverca e Vila Franca de Xira de modo a eliminar aquele afunilamento que existe e que limita bastante a operação ferroviária mas há opções que não consigo compreender. Primeiro, qual a necessidade de construir um novo edifício ferroviário para Vila Franca quando já existe um e por sinal um dos mais bonitos do País. Pelo que percebo a plataforma para passageiros é perfeitamente compatível com a continuação da utilização deste edifício, poupa-se dinheiro na construção de um novo, dá-se utilidade ao existente que de outra forma não terá futuro bem definido e será mais um encargo se passar para a Câmara Municipal. Admito que possa haver uma melhoria do espaço interior mas parece-se perfeitamente viável manter o edifício com a função actual. Além de que se minimiza a necessidade de expropriação e demolição de casario que seria necessário para o novo edifício. Em relação ao jardim, a ser eliminado parte do jardim, o mesmo deveria ser alargado para norte, onde hoje existe um parque de estacionamento com a obrigação de transplante das árvores de grande porte que tenham condições para isso. O estacionamento deverá ir para outro lugar. Rua 1° de Dezembro, é um absurdo a opção de construção de mais uma passagem superior, tendo a poucos metros a da fábrica das palavras, é dinheiro deitado à rua e mais um equipamento que irá requerer manutenção. Nesta zona a haver demolição de edifícios, deverá ser a IP obrigada a preservar a fachada do clube de campismo, nem que seja com a sua reconstrução noutro lugar. É uma fachada com interesse patrimonial que deverá ser salvaguardada. Praça de touros, junto à praça de touros, estão previstas as opções de uma passagem superior em caracol para peões e bicicletas ou um túnel para viaturas. A primeira opção por muito engraçada que possa ser não é de forma alguma prática, andar ali às voltas de ambos os lados da linha para conseguir passar de um lado para o outro. Do ponto vista arquitectónica até tem a sua graça, do ponto vista prático não é de forma alguma uma boa solução. A outra opção apresentada é um túnel, que a meu ver, naquela zona não deverá ser boa idea devido a poder ser atingida por cheias. Que tal um viaduto partilhado entre peões e veículos ( com prioridade ao peão, claro) que ligasse a zona da praça de touros à fábrica das palavras?. Alhandra, será mesmo necessário a destruição de tantas árvores e estacionamento naquela zona, não existe a possibilidade de diminuir a inclinação dos muros de suporte na zona mais afunilada e chegar a linha mais para junto da N10? Ou tentar uma opção de viaduto ferroviário para as 2 novas linhas naquela zona e, em caso de necessidade, passar a passagem superior rodoviária para outro local? Parece-me também uma pena a destruição do atual edifício da estação de Alhandra, um dos poucos edifícios ferroviários originais que sobram no concelho. Não existe a possibilidade de compatibilizar a construção de uma nova estação com a salvaguarda do atual edifício? Eu não sou técnico mas parece-me que há opções que não foram devidamente avaliadas e este projeto além de despesista, causa destruição em locais onde talvez houvesse outras opções. Sou a favor e compreendo a necessidade de alargamento do canal ferroviário mas parece-me a mim que as soluções apresentadas não servem da melhor forma o concelho nem o erário público.

Boa noite. Sou Vilafranquense, cresci, estudei e constituí família em Vila Franca de Xira. Tenho 40 anos, o meu marido também é vilafranquense e as nossas famílias de origem continuam a viver aqui.

Desta forma, acompanhámos a evolução da cidade e conhecemos as realidades e problemas existentes.

Considero uma perda enorme reduzir o melhor espaço que temos, a zona ribeirinha, assim como o jardim e a biblioteca. Estamos a falar do nosso património e da qualidade vida que fomos ganhando. Espero sinceramente que este plano da CP não avance.

Vila Franca nos últimos anos tem perdido bastante a nível económico / social. Já é difícil encontrar um restaurante para jantar ao domingo. Para se ir ao cinema é preciso ir a Lisboa. Pelo menos que não desapareçam os espaços de ar livre e lazer, onde podemos conviver e permanecer com quem gostamos.

Voto da opção 2 por me parecer permitir o acesso mais fácil ao Rio

Proposta de alteração de passagem superior de mobilidade leve do largo 5 Outubro PSP para o Largo dos Forcados

Dado os constrangimentos da proposta de passagem inferior mesmo numa perspetiva de 100 anos com a expectável subida da cota do rio. A única proposta que permite a eliminação da passagem de nível e o alargamento da via-férrea é a proposta apresentada de mobilidade superior leve.

No entanto a mesma apresenta um impacto impreterível nas tradições tauromáquicas de Vila Franca de Xira, pois criaria uma barreira arquitetónica às esperas e à ligação da cidade com a sua praça de toiros. Desta forma e mantendo a estrutura projetada pelo IP, seria alterar a localização mais a sul, antes da praça mantendo o Largo 5 outubro da forma como está hoje.

A solução apresentada cria alguns desafios:

• Via Engenharia que será colocar toda a estrutura do lado do rio num terreno possivelmente com maior complicação do inicialmente proposto.
• A possível eliminação do estacionamento do largo dos forcados.
• A alteração da estátua dos forcados do Largo para outro local entre a praça e a rampa circular
• Como configurar a rampa circular do lado da EN10 (Praça Toiros Palha Blanco) e devida pintura e enquadramento paisagístico de forma a minimizar o impacto na Praça de Toiros.

• Ficheiro carregado

A remoção de casas, edifícios históricos e identidade deveria ser punida por lei. Como tal, venho demonstrar o meu descontentamento na consideração de ser sequer possível considerarem esta proposta como tal. Seria muito mais vantajoso a linha passar pela lezíria ou junto à autoestrada do que alterar o nome da cidade de "Vila Franca de Xira" para "Vila Linha do Comboio". Esta proposta apenas considera a linha de Espanha em vez de considerar e respeitar a população da cidade, ainda com o nome de "Vila Franca de Xira".