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Rota Histórica das Linhas de Torres – Visitas e Percursos
A Rota Histórica das Linhas de Torres é um projeto intermunicipal de seis municípios que aposta na salvaguarda, recuperação e valorização de parte significativa dos fortes das Linhas de Torres Vedras, apoiada numa rede intermunicipal de centros de interpretação.
Viaje no tempo pelos seis percursos que atravessam montes e vales, a História e os seus protagonistas e descubra um património único de Portugal.
No concelho de Vila Franca de Xira, percorra os seguintes percursos temáticos:
Percurso “Defesa do Tejo”
Descubra o início da primeira das Linhas de Torres nas águas amplas do rio Tejo, frente à pitoresca vila de Alhandra. Uma flotilha de lanchas canhoneiras e corvetas britânicas impediam a passagem para sul do rio, e vigiavam a importante Estrada Real das Vilas que lhe corria paralela. A defesa do rio ligava-se com os fortes construídos na grande serra a norte de Alhandra. Um passeio pela crista dos montes, ao longo destas linhas, permite visitar alguns dos redutos militares, como os moinhos de vento usados como pontos de tiro.
Conheça o Observatório de Paisagem Situado em torno do Monumento aos Defensores das Linhas de Torres Vedras (GPS: 38º 55' 31.37" N, 09° 00' 55.07" W), perto da vila de Alhandra, erigido em 1883 por ordem do Marquês Sá da Bandeira e concebido por Joaquim da Costa Cascais. A estátua de Hércules, no cimo de uma coluna, é da autoria de José Simões de Almeida. O monumento foi construído no local onde se situava o reduto da Boavista (n.º 3), no arranque da primeira linha defensiva da capital.
É acessível por caminho pedonal desde o centro da vila de Alhandra, ou por acesso rodoviário, estando dotado de um parque de estacionamento. O visitante pode percorrer alguns caminhos pedestres, e desfrutar de uma vista privilegiada sobre as Lezírias, o rio Tejo, a vila de Alhandra ou o vale de São João dos Montes. Para descanso, existe um parque de merendas no local. A sinalética informativa permite perceber a importância das fortificações militares erigidas no concelho, e a história do próprio monumento, documentados em textos e imagens.
Visite ainda o Centro de Interpretação das Linhas de Torres, no Forte da Casa (GPS: 38° 52' 24.89" N, 09° 03' 26.67" W), localizado no arranque da segunda linha defensiva. Implantado no perímetro do Forte da Casa (obra militar n.º 38), no centro da atual vila que tomou o seu nome, o equipamento informa o visitante sobre o projeto da Rota Histórica das Linhas de Torres, divulgando conteúdos como a construção das duas linhas de Torres Vedras, o impacto das Invasões Napoleónicas no concelho de Vila Franca de Xira e a relação do forte n.º 38 com outras obras militares do distrito defensivo de Vialonga. Aí o visitante também pode percorrer o interior das estruturas originais da fortificação, postas a descoberto por escavações arqueológicas em 2008 e 2010. Fosso, paiol e canhoneiras são visitáveis
Percurso “Grandes Desfiladeiros”
Neste percurso pode visitar o Circuito da Aguieira, em Vialonga, onde pode visitar três fortes que se conservam isolados e interdependentes no topo do Monte Serves: o Forte da Aguieira - n.º 40 (GPS: 38° 54' 01.47" N, 09° 04' 20.53" W), da Portela Grande - n.º 42 (GPS: 38° 53' 56.92" N, 09° 04' 21.77" W) e da Portela Pequena - n.º 41 (GPS: 38° 53' 52.79" N, 09° 04' 17.32" W).
A inter-visibilidade que se obtém no local, de obras da 1ª e 2ª Linhas, permite compreender esta posição estratégica, e obter vistas privilegiadas sobre o desfiladeiro de Bucelas, o rio Tejo e as estradas de acesso à capital que estas fortificações defendiam. São ainda visíveis os escarpamentos efetuados na época, e os moinhos que desempenharam o papel de postos de tiro (block-houses), que se erguem sobre o desfiladeiro.
Este circuito é, simultaneamente, um miradouro da paisagem envolvente. O visitante ficará decerto impressionado com as vistas que se obtêm no cimo do Monte Serves, e a sinalética permite uma interpretação da paisagem natural da região, de características mediterrânicas, com abundantes interesses faunísticos, litológicos e geológicos.
Um percurso pedestre, seguindo uma via militar, pode ligar estas fortificações às obras do vizinho concelho de Loures, sobre as cumeadas naturais da serra.