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Padrões do Termo de Lisboa
Construídos em 1782 por iniciativa da rainha D. Maria I, os dois obeliscos marcadamente neoclássicos, que ainda hoje ladeiam a Estrada Nacional que liga Lisboa a Vila Franca de Xira (e daí a Santarém), foram concebidos para assinalar o termo do território da capital e marcar a principal via terrestre a ligar Lisboa ao Norte do país.
As legendas epigráficas nos obeliscos dizem respeito ao processo de beneficiação viária do termo de Lisboa levado a cabo nesta altura, de que fizeram parte não só a construção de marcos de légua e de obeliscos, mas também a plantação de oliveiras, cujo azeite se destinava à Casa Pia e a alimentar o sistema de iluminação da cidade de Lisboa.
Os obeliscos são idênticos e compostos por três partes:
- As bases quadrangulares, assentes sobre socos de duplo degrau, a Sul decoradas por amplas legendas epigráficas comemorativas da edificação e do contexto de beneficiação da rede viária em torno de Lisboa;
- Os fustes piramidais sobre estruturas quadrangulares irregulares, com o brasão nacional na parte inferior das faces;
- Os remates em forma de archote, originalmente monolíticos, um deles restaurado nos anos 80 do século XX.
Pela sua posição junto a uma via de intenso tráfego na área metropolitana de Lisboa, os obeliscos encontram-se sujeitos a numerosas ameaças. A principal tem sido a extrema vulnerabilidade a acidentes de trânsito. Desta forma, ao longo das últimas décadas, as faces inferiores das bases têm sido pintadas com riscas florescentes, como forma de sinalização preventiva, o que deturpou significativamente a originalidade dos obeliscos. Igualmente grave tem sido a pressão urbanística na zona, que tornou os marcos secundários face à intenção inicial de monumentalização aquando da sua edificação.
Localização: Na EN 10, ao Km 13 895, junto da povoação da Verdelha.
GPS: 38° 53' 5.75" N, 9° 2' 55.82" W