Antiga Casa de Câmara de Alverca do Ribatejo e Pelourinho

Antiga Casa da Câmara de Alverca

Embora pouco se conheça sobre a sua origem, sabe-se que o edifício ficou arruinado com o Terramoto de 1755. Ainda hoje é possível apreciar o brasão da Rainha D. Mariana Victória de Bourbon, mulher do rei D. José, no centro da parede lateral do edifício.

Ainda assim, está visível uma lápide, datada de 1764, que comemora a reedificação dos Paços do Concelho, mandada fazer por Paulo de Carvalho de Mendonça, do Concelho dos reis D. João V e D. José, e uma estela romana ou lápide funerária em mármore branco rosa, com caracteres latinos do século I. Para uns, foi encontrada nos arredores de Alverca; para outros, é proveniente da "cerca moura" de Lisboa, após o Terramoto e foi trazida para Alverca.

Após a extinção do Concelho de Alverca em 1855, no edifício funcionou a Escola Feminina, a Estação de Correio - Telégrafo-Postal (1900), a cadeia (1960), o Posto da GNR (1963 a 1975), a sede da Junta da Freguesia de Alverca (1976 a 1988), a Biblioteca Bento de Jesus Caraça - Biblioteca Pública de Alverca (1978-1992) e até o Núcleo Museológico de Alverca (criado em maio de 1990, e hoje temporariamente encerrado para obras de recuperação e ampliação).

Pelourinho de Alverca

O Pelourinho de Alverca é um exemplar notável do estilo Manuelino. Datado de 1530, simboliza a autoridade municipal, que ali punia os crimes menores, com açoitamento ou exposição à vergonha pública.

Isso não impediu que sofresse os maiores vandalismos no século XIX, acabando por ser apeado em 1891. Só em 24 de abril de 1988 voltou a ser colocado no seu lugar, mostrando os efeitos da sua má conservação. No Pelourinho pode ver-se o escudo real do doador, D. Manuel I, e, na face oposta, a esfera armilar; o castelo de Santarém, com três torres, onde foi feita a doação; e 4 cabeças, a representar as ninfas do Tejo - as Tágides.

Localização: Antigo rossio quinhentista (Praça João Mantas) em Alverca do Ribatejo.
GPS: 38° 53' 57.60" N, 9° 2' 18.14" W