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Histórico das Intervenções realizadas na Mata do Paraíso desde 2016
Ao longo dos anos, o Município de Vila Franca de Xira tem vindo a intervir na Mata do Paraíso, fazendo a gestão da sua vegetação com o objetivo de garantir a sustentabilidade deste espaço florestal de elevada importância para a freguesia de Vialonga e para todo o Concelho.
De 2016 a 2021, o foco das várias intervenções foi a Gestão de Combustíveis, para a qual foram criadas descontinuidades verticais e horizontais entre copas de arbustos e copas de árvores, através da execução de trabalhos de desramações, desbastes, estilhaçamento e/ou remoção de resíduos produzidos.
A partir de 2021, com a efetiva diminuição de carga de combustível efetuada nos anos anteriores, a Gestão Florestal definida passou por um conjunto de medidas com base na:
- Silvicultura preventiva - manutenção das descontinuidades vertical e horizontal de combustível para prevenção de incêndios rurais, manutenção da Estrutura Divisional – Rede Viária Florestal e trilhos, tal como o cumprimento do Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndio (PMDFCI), com a execução das Faixas de Gestão de Combustível (FGC), previstas sempre que haja condições para a implementação das mesmas (declive, estabilidade do solo, controlo de erosão, entre outras);
- Aplicação de “Princípios da Silvicultura próxima da Natureza” - no que diz respeito à manutenção do contínuo coberto florestal, com monitorização e avaliação de árvores adultas e futura seleção/remoção isoladamente ou em núcleo para formação de clareiras (por razões de má formação, presença de pragas, risco de queda, etc…). Ou pelo contrário o aproveitamento dos chamados “Snags” (árvore morta de pé no meio florestal) e dos “Logs” (árvore morta caída no meio florestal), para o desenvolvimento de micro-habitats e assim promover-se o aumento da biodiversidade nestes locais;
- Gestão de Espécies Invasoras - A acácia é uma das espécies invasoras identificadas, pelo que intervenção tem sido feita através de controlo físico (corte do tronco rente ao chão). A rebentação de toiça é efetiva, tal como o próprio germinar do banco de sementes ainda existente no solo.
- Plantação de espécies autóctones – ao diminuir a presença de acácia, há a necessidade de aumentar a presença de plantas autóctones, que tem sido feito em ações de educação ambiental com alunos das escolas.
Histórico das ações e/ou objetivos de intervenção na Mata do Paraíso
Anos |
Ações / Objetivos de intervenção |
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Parcela A |
Parcela B |
Parcela C |
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2016 |
Criação de descontinuidade vertical (desramação) e horizontal (desbaste) |
Não intervencionada |
Não intervencionada |
2017 |
Não intervencionada |
Criação de descontinuidade vertical (desramação) e horizontal (desbaste) |
Não intervencionada |
2018 |
Não intervencionada |
Não intervencionada |
Criação de descontinuidade vertical (desramação) e horizontal (desbaste) |
2019 |
Manutenção da gestão de combustível para redução do risco de incêndio |
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2020 |
Manutenção da gestão de combustível para redução do risco de incêndio |
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Incêndio Rural a 24 junho |
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Realização de trabalhos de drenagem para controlo de erosão e escorrências |
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2021 |
Manutenção da gestão de combustível para redução do risco de incêndio |
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2022 |
Não intervencionada |
Gestão de Plantas Invasoras (Acácia) |
Gestão de Plantas Invasoras (Acácia) |
Em 2022 foram intervencionadas duas parcelas, com o principal objetivo de Controlo das Espécies Invasoras – acácias –, aproveitando a seca hídrica e as temperaturas desta época estival. Foi assim aplicado mais stress nesta espécie, fazendo com que o seu rebentamento de toiça seja menor e favorecendo a diminuição da sua resiliência, o que resulta no seu controlo pela falta de produção de banco de sementes mais recentes para criação de novas acácias, conduzindo à diminuição da sua expansão.
As intervenções caracterizaram-se com a passagem de corta-matos, remoção seletiva de indivíduos (sementões) ou núcleos de acácias no meio de vegetação autóctone, com motorroçadoras e/ou motosserras, de forma a que esta desenvolva sem competição com a espécie invasora.
Está também em curso a avaliação dos melhores locais para plantações de espécies autóctones em eventos comemorativos e com escolas com o objetivo de aumentar a biodiversidade, através do incremento de espécies de vegetação mediterrânica, dando também cumprimento ao PROF-LVT, no que se refere à importância da Mata do Paraíso como parte do Corredor Ecológico estabelecido na região de Lisboa e Vale do Tejo.