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Cirófila

- Fundada a 11 de novembro de 1969
- N.º de Cirófilos: 26 sócios + 2 sócios honorários
“Ser Ribatejano é um acaso, ser Vilafranquense é uma dádiva” Nem só do que se passa por dentro do burladero vive a cultura dos toiros. A tauromaquia é uma expressão cultural muito mais ampla, a marca identitária de um povo, de uma realidade no seu espaço e pelo tempo. O mesmo será dizer que a tauromaquia não vive sem afición e que a afición não é senão uma consequência do seu meio. Será por isso sempre necessário que se saiba discutir para suportar esse grande peso que tem uma cultura tão delicada e tão distintiva. Foi com esse espírito de se debater a si mesmo que nasceram as tertúlias no mundo dos toiros, trazendo de um bom vento de Espanha uma tradição antiga de influenciar a cultura taurina, de imprimir rigor no silêncio de uma corrida, de ser exigente com os meios e como resultado. E com elas nasce a Cirófila, já praticamente fora da época, num 11 de novembro, corria o ano de 1969, querendo responder a essa necessidade de uma maior consciência da Festa Brava e do meio que emergia. Desde os seus fundadores a todos os outros Cirófilos que por lá assentaram ao longo dos anos, passando pelos convidados dos seus serões, a existência da Cirófila faz-se de uma variedade de pessoas e ideias para discutir a cidade que a viu nascer e a sua cultura mais íntima. E muitas vezes sem espaço próprio, esta tertúlia mostrou que esse debate, essa pedagogia tauromáquica e essa dedicação não precisam de um museu, mas antes de uma mesa comprida onde todos se possam sentar para pensar em conjunto um universo de que tanto gostam. Exemplos disso são a criação do Mausoléu a José Falcão, do Monumento ao Campino e o Clube Taurino Vilafranquense, todas elas ações fundamentais para a consistência e o reforço cultural tão necessários à manutenção da tauromaquia e da sua memória. Nem sempre em sintonia com a realidade taurina, marca inolvidável do seu carácter e do seu sentido crítico, a Cirófila é uma tertúlia fiel aos valores que a fizeram nascer, é coerente com a sua carta de princípios e nunca escondeu, nem nos momentos mais difíceis, o seu empenho na defesa da genuinidade da festa, da sua natureza e da sua finalidade. Não são os nomes que a subscrevem que fazem da Cirófila um exemplo de cidadania em Vila Franca de Xira, antes a voz que dela se faz ouvir.
Texto fornecido pela Tertúlia.
R. Serpa Pinto, 75 | 2600-223 Vila Franca de Xira