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Tertúlias
- Campino, O
Campino, O


- Fundada a 17 de julho de 1977.
- Nome dos proprietários/responsáveis: Maria Rosário Santos, Idalina Santos e José Fernando Santos
Carlos dos Santos nasceu em Arroios, Lisboa, a 28 de março de 1933, de onde foi trazido para Vila Franca de Xira pela sua mãe. Desde muito novo nutriu uma grande paixão pela tauromaquia. Dessa paixão e da enorme importância que dedicava à amizade, nasceu um sonho, o de criar uma Tertúlia, um espaço onde pudesse juntar a família e amigos para convier e falar sobre as formas e os modos de viver das gentes do Ribatejo, os quais inspiraram os motivos com que decorou primorosamente a Tertúlia “o Campino”.
A inauguração desse espaço de afetos e diversão que é a Tertúlia “o Campino” em 17 de julho de 1977 deu corpo ao sonho e materializou a sua homenagem a essa figura ímpar das Lezírias que contemplava do alto do seu recanto taurino.
No interior da Tertúlia podemos encontrar uma considerável variedade de objetos ligados à tauromaquia e à vida do campo, escolhidos e apresentados com brio e bom gosto. Lá se podem apreciar um capote de toureio, chocalhos, umas selas de cavalos, cabeças de toiros bravos lidados por figuras cimeiras da tauromaquia portuguesa, esporas, esporins, umas varas de campino, fotos de toureiros, cavaleiros e forcados de postim, algumas delas com dedicatórias a Carlos dos Santos (“Passarinho”), cartazes de toiros, loiça típica ribatejana, entre muitos outros objetos de elevado valor sentimental.
Enquanto foi vivo Carlos dos Santos promoveu no seu “Cantinho do Passarinho”, como chamava à Tertúlia, encontros e convívios entre amigos, fomentando assim a convivência, o companheirismo e a amizade que cultivava. Ao mesmo tempo divulgava a tauromaquia e toda a sua envolvência aos leigos que convidava e o visitavam.
Não se ficou, porém, por esse seu canto, sendo um elemento ativo do grupo de tertulianos que promoveu a translação do corpo de José Falcão para Vila Franca de Xira, a construção do Monumento ao Campino e fundou o Clube Taurino Vilafranquense, de que foi Diretor.
Deixou-nos precocemente em 13 de fevereiro de 1999. A sua esposa, Maria Eduarda Santos, e posteriormente as suas filhas, Idalina Santos e Rosário Santos e o seu genro, respeitando a sua memória e o gosto e dedicação à Festa Brava e aos amigos, com a mesma afición, alegria e vontade de bem receber, deram continuidade à herança deixada pelo fundador da Tertúlia o Campino.
Texto fornecido pela Tertúlia.
Rua Manuel da Silva Burrico – Alto Mesquita | 2600-184 Vila Franca de Xira