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Visita Virtual à exposição 'Cheias de 67'
Conheça, em visita virtual, a Exposição “Cheias de 67”, realizada pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, através do seu Museu Municipal, e que esteve patente no Celeiro da Patriarcal em Vila Franca de Xira de 30 de novembro de 2019 até 13 de março de 2020*.
Esta visita virtual permite um contacto integral com os conteúdos desta importante Exposição dedicada às Cheias de 1967, que teve curadoria de Joaquim Letria, um dos jornalistas que à época esteve presente nos locais da catástrofe.
Numa altura em que todos os equipamentos culturais do Município de Vila Franca de Xira permanecem encerrados e em que se recomenda a toda a população que permaneça em casa, em virtude do estado de emergência decretado para combater a pandemia por COVID-19, fica o convite para revisitar, agora em modo virtual, a Exposição “Cheias de 67”.
Sobre a Exposição “Cheias de 67”
A Exposição “Cheias de 67” mereceu o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República e pretendeu contribuir para um melhor conhecimento da realidade política e social da Região naquela época, bem como dos acontecimentos que marcaram para sempre a História do nosso País. Esta foi também uma oportunidade para a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira prestar a justa homenagem a todas as vítimas desta tragédia, em particular as do Lugar das Quintas, na Castanheira do Ribatejo, Alverca do Ribatejo e Alhandra, localidades do Município de Vila Franca de Xira que foram então particularmente atingidas.
Através do Museu Municipal de Vila Franca de Xira, este é o resultado de um trabalho cuidado de investigação documental e de recolha de testemunhos de muitos residentes locais que irão partilhar as suas histórias e dos seus familiares, no contexto daquele que foi o pior desastre natural em Portugal, depois do terramoto de 1755.
Sobre as Cheias de 1967
Na noite de 25 para 26 de Novembro de 1967, de Cascais a Alenquer, passando por Oeiras, Lisboa, Odivelas, Loures, Alhandra, Alverca, Vila Franca de Xira e Castanheira do Ribatejo, a chuva chegou a atingir os 170 litros por metro quadrado. Em toda a região da Grande Lisboa, a média ultrapassou os 100 litros. Foram cheias rápidas: o Tejo e os afluentes subiram três a quatro metros em poucas horas.
Morreram centenas de pessoas — o Estado Novo falou em 462 mortos, os jornalistas Pedro Alvim, Joaquim Letria e Fernando Assis Pacheco contaram perto de 700.
O Estado foi incapaz de dar o apoio adequado às vítimas. Ocorreu então uma mobilização da sociedade civil, nomeadamente de estudantes e de associações católicas. Recorda Mariano Gago: "... com as cheias de 1967 e com a participação na movimentação dos estudantes de Lisboa no apoio às populações (morreram centenas de pessoas na área de Lisboa e isso era proibido dizer-se). Só as Associações de Estudantes e a Juventude Universitária Católica é que estavam no terreno a ajudar as pessoas a tirar a lama, a salvar-lhes os pertences, juntamente com alguns raros corpos de bombeiros e militares. Talvez isso, tenha sido um dos primeiros momentos de mobilização política da minha geração." (Fonte: Wikipédia)