Busto de homenagem ao Maestro José Falcão

A 3 de julho de 2021 foi inaugurada, em Vila Franca de Xira, a escultura de homenagem a José Falcão, figura natural da Cidade e emblemática no universo taurino. Da autoria de Alberto Gérman, a peça foi instalada junto ao edifício do Ateneu Artístico Vilafranquense e ao início da rua com o nome do Maestro.
 
Este momento decorreu de um compromisso do Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira para com a homenagem às figuras que levaram o nome e o reconhecimento de Vila Franca de Xira além fronteiras, através da tauromaquia, uma das mais fortes vertentes identitárias do Concelho.

Vida e Percurso de José Falcão

Nascido a 30 de agosto de 1942, em Povos, Vila Franca de Xira, José Carlos Frita Falcão cresceu num ambiente de tradições taurinas. Ainda de tenra idade, lidava toiros imaginários em brincadeiras improvisadas.

A 8 e 10 de fevereiro de 1959, pela mão de António Cadório, José Falcão toureou nos espetáculos carnavalescos do Campo Pequeno.

Em 1962, sob a orientação dos irmãos Badajoz, apresentou-se num festival em Coruche e, a 20 de maio do mesmo ano, envergando pela primeira vez um traje de luzes, lidou reses de Rio Frio, na Praça do Montijo, tendo tido como alternantes Carlos do Carmo, Mário António e Oscar Rosmano. Em 1963, mais precisamente a 11 de junho, alternando com José Simões, passa à categoria de novilheiro na Chamusca.

A alternativa, tomou-a a 23 de junho de 1968 das mãos de Paco Camino, na Praça de Badajoz, tendo sido sua testemunha Francisco Rivera “Paquirri”. A confirmação chegaria a 27 de julho de 1969, na Monumental de Madrid, através de Vicente Punzón, sendo testemunha Aurélio Garcia Higares. Ainda em 1969, na Praça México, confirmou a alternativa a 13 de dezembro.

A 11 de agosto de 1974, ao lidar o toiro “Cuchareto”, da Ganadaria Hoyo de la Gitana, José Falcão foi fatalmente colhido na perna esquerda. Quem o conheceu ouviu-o dizer, que “quando morresse gostaria que fosse na arena a tourear”.