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Pedro Jóia é o vencedor da edição 2021 do Prémio Carlos Paredes
"ZECA" conquistou a unanimidade do Júri, que salientou a excelência dos artistas a concurso
Com o seu disco "ZECA", Pedro Jóia é o vencedor da edição de 2021 do Prémio Carlos Paredes, sendo a segunda vez que este músico português conquista esta distinção (a primeira vez foi em 2008, com o disco "À Espera de Armandinho"). Na sua 19.ª edição, o Prémio promovido pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, recebeu um total de 18 candidaturas.
O Júri constituído por José Jorge Letria (representante da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira), Pedro Campos (compositor e músico), Renato Júnior (representante da Sociedade Portuguesa de Autores) e Rui Filipe (crítico musical), salientou "a variedade e a qualidade dos projetos apresentados a concurso e a excelência dos artistas que, mesmo em fase de confinamento, demonstraram a sua capacidade criativa e grande originalidade". A obra "ZECA", foi unanimemente considerada vencedora, "considerando a excelência e o valor artístico deste trabalho discográfico, a abordagem diferente e inovadora da obra de José Afonso destacando a beleza da interpretação".
O espetáculo e a entrega do Prémio Carlos Paredes, no valor de 2.500,00€, terão lugar em data a informar oportunamente.
O Prémio Carlos Paredes tem vindo a granjear um crescente prestígio nacional, que se reflete nos trabalhos discográficos apresentados a concurso. A intenção da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, ao instituir este Prémio é a de homenagear um dos maiores criadores e intérpretes musicais portugueses do século XX, incentivando ao mesmo tempo a criação e a difusão de música de qualidade feita por portugueses. Podem concorrer ao Prémio Carlos Paredes todos os trabalhos de música não erudita, que contribuam para o reforço da nossa identidade cultural, nomeadamente os de raiz popular portuguesa, que tenham sido editados em CD e/ ou em DVD. Só podem concorrer ao Prémio Carlos Paredes a primeira edição dos trabalhos discográficos, com distribuição comercial, no decurso do ano civil anterior a que a edição do prémio diga respeito.
Desde 2003, a Câmara Municipal de Vila Franca de Xira tem vindo a premiar alguns dos maiores criadores e intérpretes portugueses, tais como Rão Kyao e Carminho (2013), Pedro Caldeira Cabral (2014), LST – Lisboa String Trio (2015), Pedro Mestre (2016), Ricardo Ribeiro e Artemsax (2017), Daniel Pereira Cristo (2018), Cristina Branco e José Valente (2019) e Companhia do Canto Popular (2020).
Sobre Pedro Jóia
Pedro Jóia é considerado um dos melhores guitarristas portugueses. Começou a tocar guitarra aos sete anos de idade com Paulo Valente Pereira na Academia dos Amadores de Música, passando a estudar com Manuel Morais. Dois anos depois começou a estudar guitarra flamenca com Paco Peña, Gerardo Nuñez e Manolo Sanlúcar. Compõe regularmente para teatro e cinema, tendo vários trabalhos discográficos editados. Em 2008, Pedro Jóia recebeu o Prémio Carlos Paredes com o seu álbum "À Espera de Armandinho". Em 2011 iniciou uma colaboração estreita com alguns dos nomes mais promissores do fado novo, como Raquel Tavares e Ricardo Ribeiro.
O disco "ZECA", lançado em maio de 2020, esteve por 15 semanas consecutivas nos primeiros lugares do top nacional de vendas. É um disco instrumental, mas a palavra vai sendo passada. Palavras que estão nas pontas dos dedos de Pedro Jóia que, ao criar uma abordagem instrumental à obra de Zeca Afonso, e tendo como instrumento de base a guitarra, fez questão que nesta obra fosse incluída a música e a palavra – que estando ausente na sua forma original – está ainda assim totalmente presente.