Prémios APOM distinguem os Museus em Vila Franca de Xira pelas Exposições “Cheias de 67” e “Rui Filipe: em busca do absoluto”
Atribuídos os Prémios para Menção Especial e Melhor Catálogo
A Associação Portuguesa de Museologia (APOM) distinguiu o Museu Municipal com o Prémio Menção Especial, atribuído à Exposição “Cheias de 67” e o Museu do Neo-Realismo com o Prémio para Melhor Catálogo, atribuído à Exposição “Rui Filipe: em busca do absoluto”. A cerimónia de entrega dos Prémios APOM decorreu no passado dia 29 de outubro, no Museu da Marinha, em Lisboa.
A edição de 2021 dos Prémios APOM contou com centenas de candidaturas, provenientes de instituições de Portugal Continental e das Regiões Autónomas, assim como de projetos expositivos portugueses no estrangeiro.
A Exposição “Cheias de 67”, patente no Celeiro da Patriarcal, em Vila Franca de Xira, entre 23 de novembro de 2019 e 5 de julho de 2020, foi desenvolvida pelo Museu Municipal de Vila Franca de Xira e contou com a curadoria do jornalista Joaquim Letria, o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República e uma parceria com a Rádio Televisão Portuguesa (RTP) e a Fundação Calouste Gulbenkian. Esta mostra expositiva pretendeu contribuir para um melhor conhecimento da realidade política e social da Região naquela época, bem como dos acontecimentos que marcaram para sempre a História do nosso País. Resultou de um trabalho cuidado de investigação documental e de recolha de testemunhos de muitos residentes locais que partilharam as suas histórias e dos seus familiares, no contexto daquele que foi o pior desastre natural em Portugal, depois do terramoto de 1755. Associaram-se também a este projeto diversas entidades, através da cedência de vídeos e outros elementos documentais que se constituíram como importantes contributos para a preservação da memória relativamente a estas ocorrências históricas.
A Exposição “Rui Filipe: em busca do absoluto”, patente entre 15 de fevereiro e 25 de outubro de 2020, e com curadoria de Paula Loura Batista, revisitou o percurso eclético do pintor Rui Filipe e a sua obra, dando enfoque aos trabalhos inscritos no contexto da cultura visual neorrealista. Centrou-se num conjunto de obras pictóricas e estudos que se encontram em depósito no Museu do Neo-Realismo, associados ao vasto espólio artístico, predominantemente documental, sobre a vida e percurso do artista. Nesta mostra foram ainda apresentadas obras de outras coleções institucionais e privadas, nomeadamente do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado e do Museu Calouste Gulbenkian, bem como, de coleções particulares. O design do catálogo foi efetuado pelos serviços internos do Município de Vila Franca de Xira com uma edição de 400 exemplares e 200 páginas.
A cerimónia contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Fernando Paulo Ferreira, a vereadora responsável pelo pelouro da cultura, Manuela Ralha, e Joaquim Letria, jornalista e curador da exposição “Cheias de 67”.