Ação Climática
As alterações climáticas, no quadro da incerteza que a ciência climática descreve, constitui um dos maiores desafios da Humanidade, não só devido aos profundos impactes resultantes do aumento da regularidade e magnitude dos eventos climáticos extremos, como pela transversalidade dos seus impactes.
A resposta a este desafio no quadro das políticas Europeias, Nacionais e Metropolitanas, passa, desde logo, pelo cumprimento das metas de descarbonização fixadas até 2050, evitando um agravamento na subida da temperatura média do Planeta, em linha com o Acordo de Paris sobre alterações climáticas, e nas consequências que daí resultam.
A localização de Vila Franca de Xira, no contexto Global, Europeu e Regional, as características geográficas expressas no mosaico de Unidades de Resposta Climática e o processo histórico de desenvolvimento e ocupação do território, conferem a este Concelho uma situação singular no quadro metropolitano, com:
- uma extensa frente estuarina afetável pela subida do nível médio do mar;
- uma sucessão de pequenas bacias hidrográficas com grande encaixe urbano, cada vez mais sujeitas a cheias e inundações;
- uma extensa área edificada compacta, na sua maioria protegida a noroeste pelo relevo e voltada a sudeste, na qual os elevados gradientes térmicos que já atualmente se fazem sentir serão agravados pela gradual subida das temperaturas médias e pela maior intensidade e duração dos eventos extremos de calor.
A resposta a estes desafios não se limita a uma abordagem mitigadora/reparadora, mas sim, constitui-se como uma oportunidade para promover a transição energética, ecológica e urbana do Concelho de Vila Franca de Xira.
A visão estratégica do Município de Vila Franca de Xira para enfrentar os desafios das alterações climáticas reflete-se nas diretrizes aprovadas do Plano de Adaptação às Alterações Climáticas de Vila Franca de Xira e do Plano de Ação para a Energia, Sustentabilidade e Clima de Vila Franca de Xira, cujas medidas e ações consideram o horizonte de 2030.
Para além dos objetivos e metas previstos nos Planos Municipais, importa assumir e compreender que a resiliência territorial às mudanças climáticas depende também da capacidade de reduzir a vulnerabilidade ecológica, social e económica.
Nesta perspetiva, o Município tem seguido um caminho ancorado, não apenas na sua estratégia de adaptação e mitigação, mas aproveitando sinergias que tem criado junto outras regiões, comunidades e autarquias locais, trabalhando em rede e integrando comunidades de prática, estabelecendo compromissos no sentido de alcançar a resiliência climática, e na mobilização de esforços conjuntos de redução carbónica até 2030, em cumprimento da política nacional e dos quadros estratégicos europeus.
Pacto dos Autarcas (jun’19); CrAFt Cities - Creating Actionable Futures (mai’22); Missão Adaptação às Alterações Climáticas (dez’22); Rede de Cidades pelo Clima (fev’23); Urban Transition Mission (dez’23), entre outros.